quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A CARTA


A carta

O pai entra no quarto do filho e vê um bilhete em cima da cama. Ele vai até lá, já temendo o pior, e começa ler o seguinte:
"Caro Papai, é com grande pesar que lhe informo que eu estou fugindo com meu novo namorado, Juan. Estou apaixonado por ele. Ele é muito gato, com todos aqueles piercings, tatuagens e aquela super moto Halley Davidson que tem. Mas não é só por isso: descobri que não gosto de jeito nenhum de mulheres e como sei que o senhor não vai consentir com isso vamos fugir e ser muito felizes no seu trailer.Ele quer adotar filhos comigo, e isso foi tudo que eu sempre quis para mim. Aprendi com ele que maconha é ótimo, é uma coisa natural que não faz mal pra ninguém, e ele garante que no nosso pequeno lar não vai faltar marijuana. Juan acha que eu, nossos filhos adotivos e os seus colegas gays vamos viver em perfeita harmonia. Não se preocupe papai, eu já sou um rapazinho, tenho 15 anos e sei muito bem me cuidar. Um dia eu volto para que o senhor e a mamãe conheçam os nossos filhinhos.
Um grande abraço e até algum dia.
De seu filho com amor.

PS: Pai, não se assuste. É tudo mentira e estou na casa da Marina, nossa vizinha. Só queria mostrar pro senhor que existem coisas piores que as notas vermelhas do meu boletim que está na primeira gaveta..."

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